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Neste artigo, vamos homenagear grandes artistas negros que foram importantes tanto para a história do Rock ‘n’ Roll, como para outros gêneros musicais. Os artistas dessa lista iniciaram suas carreiras entre a metade do século 1950 e o início do século 1960 e, hoje, vamos começar falando de Diana Ross and the Supremes e terminar com Larry Graham.
Não se esqueça de conferir as outras listas que preparamos com outros grandes nomes.
INSTRUMENTO
Canto
GÊNEROS MUSICAIS
R&B, Soul, Pop
MÚSICAS FAMOSAS
Where Did Our Love Go, Baby Love, Ain’t No Mountain High Enough
ARTISTAS/PROJETOS COM OS QUAIS COLABOROU
The Supremes, Michael Jackson
BIOGRAFIA
Diana Ross é uma das músicas de maior êxito de todos os tempos, tendo composto sucessos que ficaram em primeiro lugar nas paradas dos mais vendidos ao lado de grupos como The Supremes e também como artista solo. Diana Ross and The Supremes destacaram-se entre os artistas da Motown, assim como o "Girl Group" alcançou fama invejável.
Nascida em Detroit, Michigan, em 1944, Ross se juntou a um grupo feminino Primettes em 1958. Elas fizeram o teste para a Motown, mas o chefe da gravadora, Berry Gordy, achou que as meninas eram muito jovens e ainda precisavam terminar o ensino médio. Em 1961, Berry cedeu e assinou com o grupo, mas fez com que mudassem seu nome para The Supremes. A formação era Ross, Mary Wilson e Florence Ballard. Inicialmente, as três se revezavam como vocalistas principais, lançando vários singles, mas ainda não conseguiam fazer com que sua carreira decolasse. Em 1963, Gordy decidiu que Ross deveria ser a vocalista e imagem principal do grupo.
Em 1964, Diana Ross and The Supremes começaram a fazer sucesso e a dominar as paradas dos mais vendidos. “Where Did Our Love Go” foi o primeiro de cinco canções que se tornaram sucessos consecutivos em primeiro lugar nas paradas de mais vendidos, seguido por “Baby Love”, “Come See About Me”, “Stop (In the Name of Love)” e “Back In My Arms Again”. Todas as cinco músicas foram compostas pela equipe de Holland-Dozier-Holland, os principais compositores e produtores da Motown. No ano seguinte, as Supremes lançaram mais três músicas ao lado da equipe Holland-Dozier-Holland: “I Hear a Symphony”, “You Can’t Hurry Love” e “You Keep Me Hangin’ On”.
As Supremes, carro-chefe da Motown, com seu visual impecável e performances suaves, tornaram-se populares entre os fãs negros e brancos. Gordy preparou as Supremes, apresentando-as como um “pacote completo” em termos de entretenimento. Em 1967, Gordy também mudou o nome do grupo de The Supremes para Diana Ross and The Supremes. Nos bastidores, havia problema entre os membros, pois Florence Ballard não aceitava seu papel como backing vocal de Ross. Ballard foi substituída por uma das backing vocals de Patti LaBelle, Cindy Birdsong, em 1967. As tensões dentro da banda e na Motown continuaram, e Ross deixou o The Supremes em 1970.
Diana Ross começou uma carreira solo de grande sucesso, chegando a trabalhar no cinema também. “Ain’t No Mountain High Enough” foi seu primeiro hit solo em primeiro lugar nas paradas. Ela estrelou o filme “Lady Sings the Blues”, baseado na história de vida de Billie Holiday, e continuou a ter sucessos, sendo o último deles o dueto com Lionel Richie “Endless Love”.
Como um membro das The Supremes, Ross foi incluída no Rock and Roll Hall of Fame em 1988. Seu trabalho em grupo s e como artista solo influenciou gerações inteiras, de Michael Jackson a Beyoncé, tornando-a uma das mais influentes, bem como uma das artistas femininas de maior sucesso de todos os tempos.
CONTEXTO HISTÓRICO E/OU CULTURAL
Um dos grupos femininos mais bem sucedidos de todos os tempos
INFLUENCIOU OS SEGUINTES ARTISTAS/PROJETOS
The Jackson 5, Beyoncé, Mariah Carey
INSTRUMENTOS
Teclado e canto
GÊNEROS MUSICAIS
R&B, Rock, Soul, Funk, Gospel
MÚSICAS FAMOSAS
Get Back, Nothing From Nothing, Don’t Let Me Down, Will It Go Round in Circles
ARTISTAS/PROJETOS COM OS QUAIS COLABOROU
The Beatles, The Rolling Stones, Ray Charles, Sam Cooke, Little Richard
BIOGRAFIA
A carreira de Billy Preston como artista e músico se estende por mais de cinco décadas. Ele foi um tecladista de primeira na década de 1960, quando tocou para artistas como Little Richard, Sam Cooke, Ray Charles, os Everly Brothers, os Rolling Stones e os Beatles.
Billy é amplamente conhecido como o “Quinto Beatle”, tendo sido um dos únicos músicos, além dos próprios Beatles, a receber créditos em alguns dos álbuns do quarteto inglês, como “Let It Be”, “Abbey Road” e o “White Album”. No final dos anos 1960, Billy trabalhou com três dos ex-integrantes dos Beatles em projetos solo: John Lennon e Yoko Ono, no álbum solo “Plastic Ono Band”; com Ringo Starr, em seu single solo “Oh My My”; e com George Harrison em sua turnê norte-americana.
Preston também teve muito sucesso como artista solo e marcou uma série de hits, incluindo as vencedoras do Grammy “Outa-Space”, “Will It Go Round in Circles”, “Nothing From Nothing” e “Space Race”. Compositor prolífico, compôs o sucesso vencedor de um disco de multiplatina “You Are So Beautiful”, que foi interpretado por Joe Cocker. Preston também compôs as canções-título para uma série de filmes de sucesso de bilheteria, além de ter sido co-autor, com Quincy Jones, da trilha do filme “They Call Me Mr. Tibbs”.
Mais recentemente, Billy Preston foi o primeiro diretor musical negro de um programa de televisão noturno, Nightlife, e foi regular na série “Good News”, da UPN. Ele também fez uma participação especial “Blues Brothers 2000” como parte do supergrupo, que incluía Eric Clapton, Stevie Winwood B.B. King, entre outros. Preston participou da música “Warlocks”, no último álbum de Ray Charles, de discos do Red Hot Chilli Peppers e do álbum “12 Songs” , de Neil Diamond. Billy sofria de doença renal e pericardite e faleceu em 6 de junho de 2006 por insuficiência respiratória.
ARTISTAS/PROJETOS QUE INFLUENCIOU
The Beatles, The Rolling Stones, Miles Davis, Elton John
GÊNEROS MUSICAIS
Soul, R&B
MÚSICAS FAMOSAS
Keep on Pushin, People Get Ready, Freddie’s Dead
ARTISTAS/PROJETOS COM OS QUAIS COLABOROU
The Impressions
BIOGRAFIA
Uma das figuras mais importantes da música popular norte-americana, Curtis Mayfield nasceu em 1942, em Chicago, Illinois. Ele é conhecido por seus cantos em falsete distintos e um estilo de guitarra único. Mas, acima de tudo, é famoso por suas letras repletas de consciência social e mensagem positiva.
Mayfield aprendeu sozinho a tocar violão quando criança e cantava na igreja. No colégio, conheceu Jerry Butler, e eles formaram uma banda juntos. Dois anos depois, em 1958, essa banda se tornou os The Impressions, que logo teve sucessos com "It's Alright" e "Gypsy Woman", mas que ganhou destaque em 1964 com “Keep On Pushin”, de Mayfield, tendo sido adotado como um hino do Movimento dos Direitos Civis. Mayfield também compôs o maior sucesso dos The Impressions, “People Get Ready”, inspirado na marcha de Martin Luther King Jr. em Washington.
Em 1970, Mayfield deixou os The Impressions e se tornou artista solo. Seus discos solo continuaram a manter claro o seu ativismo social com uma mensagem de união. Ele atingiu seu pico criativo e de popularidade com a trilha sonora do filme de blaxploitation de 1972, “Super Fly”. O filme foi um grande sucesso, e a trilha sonora de Mayfield enviava uma mensagem sobre os perigos das drogas, com canções como “Freddie’s Dead” e “Pusherman”.
Em 1990, Mayfield ficou paralisado do pescoço para baixo após um equipamento de iluminação cair sobre ele durante um show. Apesar do acidente, ele continuou a gravar e lançou outro álbum em 1996. Mayfield foi indicado por duas vezes ao Rock and Roll Hall of Fame, tendo sidoesolhido, em 1991, como parte do The Impressions e novamente em 1999 como artista solo. Mayfield faleceu em 26 de dezembro de 1999.
CONTEXTO HISTÓRICO E/OU CULTURAL
Compôs canções emblemáticas sobre o movimento por direitos civis, além de diversas trilhas sonoras para filmes de blaxploitation
ARTISTAS/PROJETOS QUE INFLUENCIOU
Prince, Marvin Gaye, Stevie Wonder, Jimi Hendrix, Rod Stewart
INSTRUMENTOS
Canto, percussão, piano
GÊNEROS MUSICAIS
R&B, Soul, Funk
MÚSICAS FAMOSAS
It Takes Two, Ain’t No Mountain High Enough, I Heard It Through the Grapevine, What’s Going On, Let’s Get It On
ARTISTAS/PROJETOS COM OS QUAIS COLABOROU
Tammi Terrell, Bo Diddley, Harvey Fuqua, Mary Wells, Kim Weston
BIOGRAFIA
Marvin Gaye era uma lenda do R&B e do Soul. Um cantor com uma variedade e versatilidade surpreendentes, além de um baterista talentoso e um compositor em busca de músicas com consciência social, ao mesmo tempo que compunha hinos do funk sobre amor.
Gaye nasceu nos conjuntos habitacionais de Washington DC em 1939 e começou a cantar na igreja ainda quando era criança. Seu pai era violento e abusivo, e Gaye descobriu que cantar poderia servir como uma válvula de escape para sua ansiedade e depressão. Depois de uma curta passagem pela Força Aérea e pelo seu primeiro grupo de R&B, The New Moonglows, ele se mudou para Detroit e acabou chamando a atenção de Berry Gordy, da Motown, que o contratou para o selo Tamla. Gaye começou a trabalhar como baterista e compositor da Motown antes de conquistar sucesso como artista solo. No entanto, fez uma série de duetos com Mary Wells em “How Sweet It Is (To Be Loved By You)”, com Kim Weston em “It Takes Two” e ,finalmente, com Tammi Terrell em “Ain’t No Mountain High Enough” e “Ain't Nothing Like the Real Thing”, que realmente impulsionaram a carreira de Gaye. Em 1968, teve seu primeiro hit de sucesso, “I Heard It Through the Grapevine”.
No início dos anos 1970, as composições de Marvin Gaye assumiram um tom muito mais político, e ele obteve um enorme sucesso com a faixa-título de seu álbum histórico “What’s Going On”, um álbum conceitual de Soul que tratava de temas de guerra, pobreza, violência policial e meio ambiente. O álbum se tornou o lançamento de maior sucesso da Motown na época e é amplamente considerado um dos melhores álbuns de Rock and Roll já gravados. Após esse trabalho , Gaye compôs outro álbum que se tornou ainda mais bem-sucedido, “Let's Get It On”, de 1973, o qual combinou Soul e Funk com os vocais sedutores de Gaye para se tornar um dos discos de R&B mais influentes de todos os tempos, inaugurando a era do "slow jam".
Durante o resto da década de 1970 e início de 1980, Marvin Gaye lançou várias outras gravações espetaculares, , incluindo os sucessos número um "Got To Give It Up" e "Sexual Healing". Ele morreu em 1984 com um tiro disparado por seu próprio pai um dia antes de seu aniversário de 45 anos. Ao passo que Gaye lutou contra a depressão e o abuso de drogas, ele sempre abordou a música como uma forma de trazer redenção e alegria à vida e abriu o caminho para vários artistas que vieram depois dele. Ele foi introduzido no Rock and Roll Hall Fame em 1987. O Serviço Postal dos Estados Unidos homenageou Marvin Gaye em 2019 com um selo comemorativo de suas enormes contribuições para a cultura e música norte-americanas.
CONTEXTO HISTÓRICO E/OU CULTURAL
Príncipe e pioneiro do Soul, compositor renomado e voz importante em questões sociais, como guerra, pobreza, violência policial e pautas ecológicas.
ARTISTAS/PROJETOS QUE INFLUENCIOU
Barry White, Lionel Richie, Rick James, Prince, D’Angelo, Pharrell Williams, Michael McDonald, Mary J. Blige
INSTRUMENTO
Percussão
GÊNEROS MUSICAIS
Soul, Funk, Rock and Roll
MÚSICAS FAMOSAS
Kid Charlemagne, Rock Steady, The Thrill Is Gone
ARTISTAS/PROJETOS COM OS QUAIS COLABOROU
Steely Dan, James Brown, B.B. King, Aretha Franklin, Jeff Beck, Rolling Stones e muitos mais
BIOGRAFIA
Bernard “Pretty” Purdie nasceu em 1939 em Elkton, Maryland. Ele começou a tocar bateria quando era menino e logo estava fazendo shows. No início dos anos 1960, mudou-se para Nova York e começou a fazer trabalhos de sessão. Famoso por sua assinatura “Purdie Shuffle”, Bernard é um dos bateristas mais influentes na criação de ritmos.
Durante sua longa carreira, gravou e se apresentou com milhares de artistas, incluindo Aretha Franklin, James Brown, B.B. King e Steely Dan. Junto com Hal Blaine e Earl Palmer, Bernard é um dos bateristas mais gravados de todos os tempos. Seu estilo influenciou incontáveis músicos, , incluindo John Bonham, do Led Zeppelin, e Jeff Porcaro, do Toto (que também era um baterista de estúdio muito procurado). “Fool in the Rain” e “Rosanna” são dois grandes exemplos de outros bateristas tocando variações do Purdie Shuffle. As canções mais conhecidas de Bernard incluem “Rock Steady”, de Aretha Franklin, “Kid Charlemagne”, de Steely Dan, James Brown “It’s a Man’s, Man’s, Man’s World” e “She’s Gone” de Hall e Oates.
Bernard ainda está ativamente tocando, gravando e conduzindo workshops. Sua influência pode ser vista em bandas modernas como Vulfpeck e Galactic, bem como em qualquer banda que já tocou um shuffle no intervalo.
INOVAÇÕES TÉCNICAS
Desenvolveu a levada Purdie
CONTEXTO HISTÓRICO E/OU CULTURAL
Um dos percussionistas com mais trabalhos gravados de todos os tempos
ARTISTAS/PROJETOS QUE INFLUENCIOU
Toto, Led Zeppelin, The Police
INSTRUMENTO
Canto
GÊNEROS MUSICAIS
Rock and Roll, Blues, Disco, R&B
MÚSICAS FAMOSAS
Proud Mary, Nutbush City Limits, What’s Love Got To Do With It
ARTISTAS/PROJETOS COM OS QUAIS COLABOROU
Ike and Tina Turner, David Bowie, Bryan Adams, Mick Jagger
BIOGRAFIA
Nascida Anna Mae Bullock, Tina Turner superou um começo de carreira humilde e um casamento abusivo para se tornar a Rainha do Rock and Roll. Nascida em Brownsville, Tennessee, filha de meeiros, ela ajudou sua família colhendo algodão quando era jovem. Começou a cantar na igreja em Nutbush, Tennessee e, quando adolescente, mudou-se u para St. Louis para morar com suas irmãs e sua madrasta.
Como Tina e suas irmãs costumavam ir a boates depois do trabalho, numa dessas idas, , ela conheceu Ike Turner. Tina sentou-se com a banda de Ike uma noite e logo depois começou seu relacionamento pessoal e profissional com o artista, mudando seu nome para Tina Turner. Em 1960, Ike e Tina Turner tiveram seu primeiro single de sucesso com “Fool in Love". Com "Ike and Tina Turner", Tina lançou sucessos como “Nutbush City Limitsq” e sua versão icônica de “Proud Mary” , do Creedence Clearwater Revival.
Em meados dos anos 1970, Ike e Tina Turner se divorciaram. Tina citou diferenças irreconciliáveis e violência doméstica. Ela começou sua carreira solo em 1983 e nos deu sucessos como “What’s Love Got To Do With It” e "Private Dancer". Ela teve colaborações com David Bowie, Bryan Adams e Mick Jagger e, mais recentemente, está desfrutando do sucesso com remixes modernos de DJs de "What’s Love Got to Do With It".
Tina foi incluída no Rock and Roll Hall of Fame em 1991 e ganhou Grammies de Melhor Performance Vocal Feminina, Melhor Performance Solo e Melhor Álbum, entre outros. Ela empoderou-se e abriu o caminho para vocalistas femininas de todos os gêneros.
CONTEXTO HISTÓRICO E/OU CULTURAL
Em um período no qual diversos artistas brancos popularizavam a música negra com cover hits, Ike e Tina foram na direção oposta ao gravarem um cover de “Proud Mary”.
ARTISTAS/PROJETOS QUE INFLUENCIOU
Beyoncé, Whitney Houston, Mariah Carey
INSTRUMENTOS
Piano e canto
GÊNEROS MUSICAIS
Soul, Funk, R&B
MÚSICAS FAMOSAS
Mother-In-Law, Working in a Coal Mine, Yes We Can, Southern Nights
ARTISTAS/PROJETOS COM OS QUAIS COLABOROU
Dr. John, Lee Dorsey, Ernie K-Doe, Elvis Costello, The Band
BIOGRAFIA
Embora não seja tão conhecido fora de Nova Orleans, Allen Toussaint é uma das figuras mais importantes e influentes do Rock and Roll. Pianista, produtor, compositor e cantor, Toussaint teve influência em quase todos os aspectos da “Sonoridade de Nova Orleans”, pois foi capaz de conectar o som da Segunda Geração de Nova Orleans ao Rock and Roll.
Nascido em Nova Orleans em 1938, começou a fazer shows ainda adolescentefoi e foi fortemente influenciado pelo Professor Longhair. Rapidamente notado, o produtor Dave Bartholomew o chamou para tocar em uma sessão de Fats Domino. Em 1958, ele assinou com a RCA Records sob o nome de Al Tousan. Seu disco instrumental “The Wild Sound of Nova Orleans” continha sua composição “Java” que foi um hit # 1 para o trompetista Al Hirt. Logo, Toussaint se tornou líder na música de Nova Orleans, compondo canções de sucesso, como “Mother-In-Law”, “A Certain Girl”, “Working in a Coal Mine”, “Ruler of My Heart”, “Yes We Can Can” e “Southern Nights”. Em 1965, ele formou a gravadora Sansu, cujo grupo principal de músicos de estúdio seria mais tarde conhecido como a banda de proto-Funk The Meters. Ele também produziu sucessos como “Right Place, Wrong Time”, de Dr. John, e “Lady Marmalade”, de Labelle.
Embora fosse, principalmente, compositor, arranjador e produtor, Toussaint começou a se apresentar mais ao vivo nos últimos anos de sua carreira. Em 2013, recebeu a Medalha Nacional de Artes do presidente Obama. Toussaint morreu após uma apresentação na Espanha, em 2015, e deixou um dos mais ricos legados musicais do Rock and Roll. Como uma espécie de Forrest Gump do Rock, Toussaint sempre parecia estar no lugar certo e na hora certa e tinha em seu sangue o Soul de Nova Orleans.
INFLUENCIOU OS SEGUINTES ARTISTAS/PROJETOS
Rolling Stones, The Meters, Otis Redding, Boz Scaggs, The Who, Little Feat
INSTRUMENTOS
Teclado, canto, percussão e gaita
GÊNEROS MUSICAIS
R&B, Gospel, Funk, Soul, Jazz
MÚSICAS FAMOSAS
Superstition, For Once in My Life, Isn’t She Lovely, Living for the City
ARTISTAS/PROJETOS COM OS QUAIS COLABOROU
Michael Jackson, Quincy Jones, Dionne Warwick, The Rolling Stones, Sting, Paul McCartney, Whitney Houston, Herbie Hancock, Wyclef Jean, Beyoncé, Busta Rhymes, Snoop Dogg, Ariana Grande
BIOGRAFIA
Stevland Morris (Hardaway) Judkins nasceu em 13 de maio de 1950 em Saginaw, Michigan. A cegueira de Stevie foi resultado de um incidente no hospital, ao nascer prematuro de seis semanas. Uma alta dosagem de oxigênio foi administrada em sua incubadora, e ele acabou sofrendo de ROP (retinopatia da prematuridade), que é um tipo de cicatriz nos olhos. Aos 7 anos, seus pais se divorciaram, e sua mãe mudou-se com ele e seus irmãos para Detroit, onde Stevie cantaria na Igreja Batista Whitestone, apesar de mais tarde ter sido expulso do coro, porque alguém o ouviu cantando Rock and Roll. Sua comunidade apoiou suas ambições musicais, dando-lhe instrumentos. Ele era uma criança prodígio que tocava bateria, piano e gaita, além de ter o costume de ouvir rádio e saber cantar desde muito jovem. Ele e seu amigo John cantavam em festas, bailes e esquinas no começo da carreira.
A carreira de Little Stevie Wonder decolou aos 11 anos, quando conheceu Berry Gordy, da Motown Records, que reconheceu seu talento ainda jovem. Aos 13 anos, ele foi o artista mais novo a ter um hit número um no Billboard Hot 100 com a música “Fingertips Part 2”.
Uma das grandes influências musicais de Wonder foi o uso de tecnologia na música. Na década de 1970, Wonder tornou-se cada vez mais interessado em sintetizadores. Inspirado pelo líder da banda Tonto's Expanding Head Band, Wonder foi um dos primeiros artistas de R&B a incluir sons de sintetizador em suas canções, como foi o caso de “Living for the City”. O uso proeminente do teclado Fender Rhodes, bem como do Hohner Clavinet, foi comum durante esse tempo. A música “Superstition”, de Stevie, apresenta faixas em camadas de clavinete e ajudou a popularizar o uso do instrumento na música Funk.
Nas décadas de 1970 e 1980, havia poucos músicos com tanto sucesso quanto Stevie Wonder. Ele lançou oito álbuns consecutivos que alcançaram o Top 5 nas paradas da Billboard, e seus álbuns “Music of My Mind”, “Talking Book”, “Innervisions”, “Fulfillingness' First Finale” e “Songs in the Key of Life” são considerados obras-primas. Stevie frequentemente tocava a maioria, senão todos os instrumentos, em suas gravações, e combinou inúmeras influências, incluindo Soul, Jazz, Rock, Reggae, Jazz e Gospel em algo imediatamente reconhecível como seu.
Stevie Wonder foi um ativista Ativista em prol de várias causas ao longo de sua carreira, não se esquivou de escrever materiais que discutiam temas como racismo, abuso de drogas e corrupção política. Em 1980, ele lançou “Happy Birthday”, uma música escrita para aumentar a conscientização em prol de uma campanha para tornar o aniversário do Dr. Martin Luther King Jr. um feriado nacional. Wonder também foi um contribuidor-chave para “We Are the World”, uma gravação de supergrupo em 1985 que arrecadou dinheiro para o combate à fome para o povo da Etiópia.
Um dos artistas mais respeitados e influentes do mundo, Stevie Wonder recebeu muitas homenagens ao longo de sua carreira. Ele vendeu mais de 100 milhões de álbuns em todo o mundo e ganhou 25 prêmios Grammy, além de ser membro do Rock and Roll Hall of Fame e do Songwriters Hall of Fame. Ele recebeu um prêmio pelo conjunto da obra do Museu Nacional dos Direitos Civis e recebeu, de Barack Obama, a Medalha Presidencial da Liberdade, em 2014. Em 2007, as Nações Unidas nomearam Stevie Wonder como Mensageiro da Paz, honrando sua boa vontade e contribuições para a mudança mundial das artes.
INOVAÇÕES TÉCNICAS
Um dos primeiros artistas a utilizar sintetizadores e arranjos de música eletrônica em suas composições
CONTEXTO HISTÓRICO E/OU CULTURAL
Buscou utilizar sua música para expressar seu apoio ao movimento por direitos civis, além de ter trabalhado em favor da lei que transformou o aniversário do Dr. Martin Luther King Jr. em um feriado nacional.
ARTISTAS/PROJETOS QUE INFLUENCIOU
D’Angelo, John Legend, Esperanza Spalding, Erykah Badu, Jamiroquai, entre outros.
INSTRUMENTO
Canto
GÊNEROS MUSICAIS
R&B, Rock
MÚSICAS FAMOSAS
ARTISTAS/PROJETOS COM OS QUAIS COLABOROU
Labelle, Patti LaBelle & the Bluebells, The Ordettes, Teddy Pendergrass, Mariah Carey, Aretha Franklin, Michael McDonald, Amber Riley
BIOGRAFIA
Patricia Louise Holte, conhecida pelo nome artístico de Patti LaBelle, é considerada por muitos a “Madrinha do Soul”. Ela começou a cantar quando criança e tinha 12 anos quando fez seu primeiro solo na Igreja Batista Beulah. Embora suas raízes estivessem na música gospel, ela também ouvia estilos de R&B e Jazz desde jovem.
Em 1960, Patti se tornou a cantora principal de seu primeiro grupo de canto chamado “Ordettes”, após vencer um concurso de canto do colégio. Em 1962, os Ordettes assinaram com uma gravadora local por Harold Robinson. Eles foram assinados como The Bluebells e, mais tarde, mudaram seu nome para Patti LaBelle and the Bluebells. O grupo conquistou sucesso nacional, apresentando-se no Apollo Theatre, em Nova York. Inicialmente, Robinson não ficou impressionado com Patti, no entanto suas opiniões mudaram rapidamente quando a ouviu cantar “I Sold My Heart to the Junkman”.
Em 1970,Patti La Belle and the Bluebells foi contratado pela agente Vicki Wickham, que decidiu mudar o nome do grupo para “Labelle”. Wickham conseguiu que a banda assinasse com a Warner Music e cultivou seu som para uma mistura mais forte de Rock, Funk e Soul.
Labelle tinha uma aparência e um som únicos, tanto que a indústria da música teve dificuldade em categorizar o grupo. Sua música passou por vários gêneros, e seu estilo Glam foi uma partida radical dos tradicionais “grupos de garotas”. Eles não se encaixavam perfeitamente nos maldes conformados da música rock branca ou do R&B negro. Como Patti LaBelle compôs em sua autobiografia: “Éramos muito negros para o pop, muito rock para o R&B, e nosso som era algo único. Era uma fusão soul e rock muito à frente de seu tempo, o que dificultou o tempo de rádio”.
Além da aparência e do som, Labelle quebrou o molde do típico grupo feminino de outra maneira importante: sua música frequentemente falava de questões políticas e sociais. Para certas apresentações, eles foram solicitados a ajustar suas letras para satisfazer as redes de TV. Frequentemente, elas simplesmente retiravam certas músicas de seu setlist, geralmente seus sucessos mais populares, ao invés de ceder às exigências. Seu medley de sucesso “Something in the Air / The Revolution Will Not Be Televised” destaca seu álbum “Pressure Cookin' ”, que não fez sucesso quando lançado, mas, desde então, tornou-se celebrado como um marco no Rock e R&B com consciência social.
Allen Toussaint produziu seu álbum de 1974 intitulado “Nightbirds”. Toussaint conseguiu criar uma mistura de Rock, Soul e Funk nesse álbum, que finalmente atingiu um público mais amplo. Nesse trabalho, seu single mais vendido, “Lady Marmalade”, atingindo o número um na Billboard Hot 100. Labelle fez história no final daquele ano quando se tornou o primeiro grupo de rock a se apresentar no Metropolitan Opera House, em Nova York - ponto alto de seu sucesso como grupo. Incapaz de repetir o feito de “Nightbirds” e com tensões na banda causando desconforto entre as cantoras Patti LaBelle, Nona Hendryx e Sarah Dash, o grupo se desfez em 1976.
Patti LaBelle teve uma carreira solo de sucesso nas décadas de 1980 e 1990. Sua canção “New Attitude” foi um sucesso em 1984, e ela se tornou uma superstar internacional após sua aparição no Live Aid, em 1985. Patti continuou a lançar álbuns de sucesso e investiu na carreira de atriz, aparecendo no popular programa de TV “A Different World”, assim como em vários outros filmes e programas. Durante mais de 30 anos, Patti nunca deixou de defender os direitos LGBT e conscientização a respeito da AIDS. Ela e sua banda tiveram uma influência significativa no Funk e R&B modernos, e artistas desde En Vogue até P!nk têm uma dívida simbólica para com essa artista comprometida com a inovação.
CONTEXTO HISTÓRICO E/OU CULTURAL
Tida como a “Madrinha do Soul”, LaBelle foi uma das pioneiras da música Disco e do Funk
ARTISTAS/PROJETOS QUE INFLUENCIOU
En Vogue, Destiny’s Child, Christina Aguilera, Mýa, Pink, Lil’ Kim
INSTRUMENTO
Baixo
GÊNEROS MUSICAIS
Funk, Soul, R&B, Rock
MÚSICAS FAMOSAS
Dance to the Music, Thank You
ARTISTAS/PROJETOS COM OS QUAIS COLABOROU
Sly and the Family Stone, Graham Central Station, Betty Davis, Prince
BIOGRAFIA
Como membro da inovadora banda Funk Rock Sly and the Family Stone, Larry Graham criou a técnica de baixo “Slap and Pop”, tornando-o um dos baixistas mais influentes da História. Sua técnica percussiva, que emula e reforça o som do bumbo e caixa, é a base da música Funk.
Graham nasceu no Texas e tocou baixo na banda de sua mãe. De 1966 a 1972, ele tocou com Sly Stone na banda Sly and the Family Stone, a primeira banda de rock birracial de sucesso que incluía homens e mulheres. Sly e a Family Stone combinaram Rock, Funk, Soul e psicodelia, e lideraram as paradas com sucessos como “Dance To the Music”, “Thank You (Falettinme Be Mice Elf Again)”, “Stand” e “Everyday People”.
Na década de 1970, Graham deixou Sly and the Family Stone e começou seu próprio grupo, o Graham Central Station. Eles compuseram o hit ultra funky “Hair”, que foi citado por Thundercat por ter uma de suas linhas de baixo favoritas. Graham também tocou com Prince no final dos anos 90 e foi um mentor para o cantor ao longo de sua carreira.
Não só Prince, mas inúmeras gerações de baixistas foram influenciadas, incluindo Bootsy Collins, Flea, Victor Wooten e Les Claypool, só para citar alguns. Graham, também tio do rapper e cantor canadense Drake, foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame em 1993 como membro da Sly and the Family Stone.
INOVAÇÕES TÉCNICAS
Criador da técnica de baixo “Slap and Pop”
CONTEXTO HISTÓRICO E/OU CULTURAL
Foi membro da Sly and the Family Stone, a primeira banda de Rock ‘n’ Roll com formação fixa
ARTISTAS/PROJETOS QUE INFLUENCIOU
Flea, Marcus Miller, Bootsy Collins, Thundercat, Stanley Clarke, Les Claypool, Victor Wooten