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O Estado de S. Paulo: Escola de música que inspirou filme planeja expansão no Brasil

School of Rock projeta crescimento por meio de franquia e investirá, no curto prazo, R$ 3 milhões para consolidar plano

 

 

A rede de escolas de música School of Rock, criada em 1998 em Filadélfia, Estados Unidos, opera 205 unidades em dez países e tem o Brasil como um dos principais mercados no plano de expansão da marca. Em fevereiro, o CEO mundial Rob Price veio ao País para consolidar o plano de expansão de franquias brasileiras e anunciar o investimento de R$ 3 milhões para 2018. O foco é terminar o ano com dez novas escolas. Hoje, são seis unidades em operação, que reúnem mil alunos.

“A School of Rock não poderia estar fora deste mercado importante (Brasil). Estamos falando de cerca de 205 milhões de pessoas em um país onde a música é um componente-chave da cultura. No entanto, a educação musical no currículo oficial (das escolas) tem menos foco do que em outros países onde operamos”, diz Price. 

 

A marca está presente no imaginário de adultos e crianças em razão do filme School of Rock, inspirado no fundador e professor da escola, Paul Green. A obra destaca o método focado na prática e performance de palco, que estimula a desinibição e confiança do aluno em relação ao aprendizado. A empresa considera o processo o seu diferencial. 

“Nós não fornecemos apenas aulas de música, nossa missão é ter um impacto positivo nas capacidades cognitivas, sociais e emocionais dos alunos. Com isso, é possível ajudar a torná-los melhores CEOs, engenheiros, médicos ou professores, por exemplo.”

De acordo com o master franqueado e responsável por trazer a School of Rock para o Brasil, Paulo Portela, a rede pretende chegar a 60 escolas nos próximos dez anos, totalizando 20 mil alunos. Estão no radar da marca cidades com mais de 250 mil habitantes e todas as capitais estaduais. 

 

CEO School of Rock
CEO mundial da School of Rock, Rob Price. Foto: Nivaldo Grolla Foto: Nivaldo Grolla

O investimento de R$ 3 milhões, de acordo com Price, será destinado à consolidação do franchising. “O valor contempla a operação de duas master franqueadoras, que funcionarão como plataforma para implementar novos produtos e para treinar os franqueados. Também vamos investir no desenvolvimento de parcerias com instituições envolvidas na educação musical e na indústria da música no País, além de cuidar do marketing ”, conta. 

O músico John Guillermo e o produtor musical Nando Guto trabalhavam juntos em um estúdio de música. Ao conhecerem a School of Rock, decidiram investir no negócio por enxergarem uma oportunidade de fortalecer o mercado musical. 

“Vimos a School of Rock como um bom negócio, mas também olhamos para o mercado e enxergamos a possibilidade de preencher um vazio (o do ensino de música)”, diz Guto. 

Ele e Guillermo comandam duas unidades, uma em São Caetano do Sul (ABC), e outra no paulistano bairro Anália Franco, “a maior escola da rede”, segundo os sócios. Apostando na consolidação da marca, a abertura da terceira unidade, em Santo André, está em andamento e tem previsão de inauguração ainda neste ano. 

“Na primeira unidade tínhamos uma luta muito grande só para explicar o que era (a School of Rock). Agora, estamos indo para o quinto ano de empresa e percebemos que a marca tem mais força. E também começamos a ter novos parceiros, a estender as possibilidades de usar outras competências do negócio”, diz Guillermo. 

Novo programa. Uma dessas possibilidades é o programa Rock the Schools. Trata-se de parcerias com escolas de ensino privado, tornando-se fornecedora para aulas de música extracurriculares ou como parte da grade fixa. 

Unidades da rede da escola bilíngue Maple Bear, na capital paulista, fecharam parceria com a School of Rock para aulas de música extracurriculares. O programa deve começar agora em abril, de acordo com a instituição. 

 

O valor de investimento para abrir uma franquia da School of Rock varia de R$ 300 mil a R$ 800 mil, dependendo do tamanho e localidade da unidade. O retorno total do investimento é de 24 a 26 meses, diz Portela.

 

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